CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO
29/07/2012
DE SÃO PAULO
29/07/2012
Aos dez anos de idade, Nathaniel José Vieira Pereira viu o pai perder a mercearia que tinha na cidade de Ipatinga, interior de Minas, por não saber administrar o negócio.
O impacto da falência ficou guardado como lição. "Saí determinado a estudar para que aquilo não voltasse a acontecer", diz ele, hoje aos 38.
Anos mais tarde, em 1989, tornou-se sócio de um escritório após terminar o curso de ciências contábeis.
Em uma sala de 30 metros quadrados montada no fundo do quintal de uma casa, com cadeiras, estantes e mesas cedidas por amigos, nascia a NTW Contabilidade e Gestão Empresarial, em parceria com um amigo.
Hoje são seis unidades - três filiais próprias e três franquias - e 700 candidatos a abrir um escritório da marca em todo o país, além de propostas na Argentina, em Portugal e em Moçambique.
"Desde pequenos, pensávamos e agíamos como uma grande empresa, com profissionalismo. Não há fórmula nem mágica para dar certo: tem de ter foco."
Ao montar o negócio, a primeira decisão foi oferecer serviços contábeis e de gestão para escolas e universidades - o pacote incluía desde informações sobre legislação tributária e compromissos fiscais até indicadores que permitissem melhorar o negócio.
"Para as universidades, criamos uma maneira de avaliar e acompanhar os resultados dos cursos. Um método que permite, com base no número de inscritos no vestibular, projetar a lucratividade do curso até a formatura de cada turma", diz.
São 70 funcionários para atender 700 clientes, entre eles quatro universidades mineiras --a empresa criou uma divisão para atender exclusivamente o setor de educação.
"Resolvi entender como o mercado tratava a informação contábil e me colocava no lugar de quem precisava da informação. Resolvi trabalhar sob medida, como um 'alfaite' fiscal."
A partir da experiência com educação, a empresa começou a desenvolver serviços para o segmento de saúde, postos de combustíveis e construção civil, entre outros.
"Atendo desde microempresas até a Petrobras."
Com alguns prêmios no currículo, a empresa assessora agora companhias chinesas que pretendem investir no Brasil. "Participamos da maior feira de negócios na China e os empresários de lá nos contrataram para entender a complexa legislação do país. O que é burocracia para eles é negócio para a NTW", diz o empresário.
Assim como Pereira, um terço dos cerca de 2.000 empresários entrevistados em uma pesquisa do Sebrae-SP decidiu abrir uma empresa por identificar uma oportunidade no mercado.
E, entre as que se mantêm no mercado, 43% recomendam oferecer produtos e serviços diferenciados como a forma de atrair mais clientes e prosperar.
Veja matéria na íntegra: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1127845-segredo-e-ser-diferente-e-ter-foco-sugere-quem-prosperou.shtml
Nenhum comentário:
Postar um comentário